Como GUARDA
MUNICIPAL, enfrentei O MAIOR
CHOQUE CULTURAL DE MINHA VIDA, ao ter de argumentar com todo tipo de
pessoas, do mendigo ao magistrado, entrar em todo tipo de ambiente, do
meretrício ao monastério.
Como GUARDA MUNICIPAL, fui psicólogo, quando um colega discutia com a
esposa, diante da incompreensão dela, às vezes, com a profissão do
marido;
Como GUARDA MUNICIPAL, fui assistente social, quando tinha de confortar
A MÃE DE ALGUMA VÍTIMA assassinada por não possuir algo de valor que o
assaltante pudesse levar;
Como GUARDA MUNICIPAL, fui
borracheiro e mecânico, ao socorrer idosos e deficientes com pneus
furados;
Como GUARDA MUNICIPAL, fui
pedreiro, ao participar de mutirões para reconstruir casas destruídas
por enchentes;
Como GUARDA MUNICIPAL, fui
apedrejado por estudantes da mesma escola na qual estudei E FUI
PROFESSOR, por pessoas do mesmo grêmio do qual participei;
Como GUARDA
MUNICIPAL, fui obrigado a me tornar
gladiador em arenas repletas de terroristas, que são os membros de
torcidas organizadas, em jogos de times pelos quais nem torço;
Como GUARDA
MUNICIPAL, sempre corro o risco de
sofrer acidentes com viaturas, nunca a menos de 120km/h, na ânsia de
chegar rápido àquela residência onde a moça estava sendo estuprada ou na
qual um idoso esta sendo espancado;
Como GUARDA
MUNICIPAL, fui juiz da vara cível,
apaziguando ânimos de maridos e mulheres exaltados, que após a raiva
uniam-se novamente e voltavam-se contra a GUARDA;
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